Neuropsicologia e envelhecimento: Adaptação, validação e normalização de instrumentos para avaliar as aptidões cognitivas e a capacidade funcional (2022-2026)

Investigador integrado: Pedro Almiro (IR)

O aumento progressivo e acentuado da população mais velha constitui uma tendência marcante do Século XXI, que tem fortes implicações estruturais na nossa sociedade. Por isso, o diagnóstico, a avaliação e o tratamento das doenças associadas ao envelhecimento constitui um dos grandes desafios da Neuropsicologia atual. Neste contexto, o declínio cognitivo das pessoas idosas nas fases pré-clínica e clínica da demência tem um impacto significativo na perda da qualidade de vida destes doentes e das suas famílias, como resultado da perda progressiva da autonomia do doente. Torna-se, por isso, fundamental dispor de ferramentas de diagnóstico úteis e psicometricamente robustas que permitam detetar precocemente o risco de deterioração cognitiva e as dificuldades na execução de tarefas funcionais no dia-a-dia, de modo a intervir mais precocemente e de forma mais adaptada às necessidades do doente. A par disso, o aumento da diversidade étnica e cultural na Europa, incluindo Portugal, torna o desenvolvimento de testes de avaliação neuropsicológica e de normas adaptadas a esta multiculturalidade uma necessidade evidente para o adequado diagnóstico e tratamento neste âmbito. Considerando esta necessidade, a presente investigação tem como objetivo o estudo das qualidades psicométricas, a validação e a normalização para a população portuguesa da Rowland Universal Dementia Assessment Scale (RUDAS), do Everyday Cognition (ECog) e do Everyday Compensation (EComp) (que avaliam a funcionamento cognitivo e a capacidade funcional), em contexto multicultural e considerando pessoas de diferentes comunidades (etnias) e com diversos níveis de escolaridade (mais elevados e mais baixos).

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